Posso compreender,
Posso compreender,
Um mais um é igual a dois,
É por definição,
O finito está diante de mim,
Eu o construo,
Posso entendê-lo,
Posso apalpá-lo,
Mas o que Posso dizer do infinito?
Por mais que caminhe,
Não Posso alcançá-lo,
Mas, se não o Posso
Como Posso saber que está lá?
Hora eu o conheço,
Hora me parece ininteligível,
Por que tem que ser lá que ele está?
Não pode ser aqui o infinito e lá o zero?
Assim sendo, por mais que caminhasse
Jamais alcançaria o zero ou qualquer número real,
Estaria para sempre no infinito,
Irônico, quero alcançar o infinitamente grande,
Mas, mas mal o consigo fazer com o infinitamente pequeno
Por mais que divida, sempre há um pedaço menor,
Pode ser que seja esse o problema,
Há sempre um maior ou um menor,
Se alcançasse o infinitamente grande
Ou o infinitamente pequeno
Qual seria o último número por que passaria?
Ironia, pode ser que a incompreensibilidade não esteja no infinito,
Pode ser que esteja no finito...
Pois existe em quantidade infinita.
Um comentário:
Gstei muito de suas poesia.
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