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quinta-feira, 23 de abril de 2009

O papel da indefinição na concepção de novos conceitos.

Em diversas ocasiões não definir algo pode ser mais proveitoso do que definir. Ao definir algo pode-se limitar a criatividade, a mente fica "presa" àquela concepção. Manter uma palavra em significado flutuante permite que novos significados possam ser associados á ela, o que permite a evolução de novos conceitos, que mais tarde podem ser isolados e especificados. Um exemplo disso é o conceito de elétron. Supunha-se que a corrente elétrica fosse feita de moléculas de eletricidade (molécula e átomo ja foram sinônimos, Maxwell disse molécula, mas estava, plausivelmente, se referindo à ideia de entidade fundamental; hoje nem um nem outro termo são usados para se referir a elétrons) mas não se sabia muito a respeito delas. Não se sabia se eram cargas positivas, negativas ou uma combinação das duas, não se conhecia a massa, o tamanho ou a intensidade de carga delas. Mesmo assim deu-se o nome de elétrons para essas entidades teóricas e ainda indefinidas. Com o tempo foram sendo desenvolvidas novas idéias e sendo feitas novas descobertas, de modo que novos significados foram sendo associados à palavra elétron, chegando a um conceito muito diferente das noções iniciais (hoje, dependendo do modelo usado, o elétron é considerado uma entidade que possui propriedades de onda e de partícula, cuja "posição" é dada em termos de probabilidade).

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