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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Você não sabe quanto tempo tem.

Você não sabe quanto tempo tem
como a gota de água que cai de repente
vem a morte e nos arrebata
de que serve a morte?
seu conhecimento nos faz desejar mudar nossas vidas
como não sabemos quanto tempo temos
não há tempo para magoas ou rancores
ou desnecessidades
saber que cada momento pode ser o último
torna cada um deles especial
saber que podemos não mais ver a pessoa amada
faz com que cada abraço seja terno e querido
faz-nos querer conhecer o mundo
experimentar coisas novas
buscar entender o próximo ou o distante
desperta compaixão
e ensina a dar valor a vida
Mas, por falta de tempo
é que muitos não esperam
se precipitam em suas escolhas
por medo da morte
provocam a morte
e o sofrimento
de outros
a morte é a base do governo dos tiranos
por causa dela grandes homens não puderam mudar o mundo
a morte fez com que suas vidas parecessem ter mais significado
mas eram suas vidas o que de fato valeria a pena
A morte em si não tem sentido
somos nós que a ela atribuímos algo
para alguns
ela é inspiração
ou destruição
ou recurso politico
ou libertação
ou recomeço
ou um mal
ou um desperdício
ou angustia
ou solidão
ou um adeus
Não é necessária a morte para que a vida tenha sentido
ou para que venhamos a dar valor às pessoas
basta para isso
o amor, o entendimento, o conhecimento, a arte, a justiça
ou o que mais for belo ao seu intelecto
ame cada pessoa que vive e viveu
não louve o mal que fizeram e nem suas mortes
mas louve o que de bom trouxeram e suas vidas
porque ela, a vida, pode ser bela;
basta que você escolha.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

O papel da indefinição na concepção de novos conceitos.

Em diversas ocasiões não definir algo pode ser mais proveitoso do que definir. Ao definir algo pode-se limitar a criatividade, a mente fica "presa" àquela concepção. Manter uma palavra em significado flutuante permite que novos significados possam ser associados á ela, o que permite a evolução de novos conceitos, que mais tarde podem ser isolados e especificados. Um exemplo disso é o conceito de elétron. Supunha-se que a corrente elétrica fosse feita de moléculas de eletricidade (molécula e átomo ja foram sinônimos, Maxwell disse molécula, mas estava, plausivelmente, se referindo à ideia de entidade fundamental; hoje nem um nem outro termo são usados para se referir a elétrons) mas não se sabia muito a respeito delas. Não se sabia se eram cargas positivas, negativas ou uma combinação das duas, não se conhecia a massa, o tamanho ou a intensidade de carga delas. Mesmo assim deu-se o nome de elétrons para essas entidades teóricas e ainda indefinidas. Com o tempo foram sendo desenvolvidas novas idéias e sendo feitas novas descobertas, de modo que novos significados foram sendo associados à palavra elétron, chegando a um conceito muito diferente das noções iniciais (hoje, dependendo do modelo usado, o elétron é considerado uma entidade que possui propriedades de onda e de partícula, cuja "posição" é dada em termos de probabilidade).

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A experiência da morte.

Apresento a seguir uma suposição de como pode ser a "experiência" da morte, mas considero que ela pode ocorrer de várias maneiras diferentes...

Você está consciente, pode perceber o ambiente ao redor e também o interno, seus olhos começam a ficar pesados, sua respiração agora é mais lenta, para si mesmo você diz "o que há?", seus pensamentos deixam de ser palavras e passam a ser somente sentimentos, sentimentos cada vez mais simples, agora não há mais medo, nem alegria e nem tristeza, há somente uma única sensação de existência de você não sabe o que, pois você não está mais acumulando conhecimento, está numa contagem regressiva e tudo perde o nexo enquanto tudo vai desaparecendo, num dado momento, sem que você tome conhecimento, você não é mais.