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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Parábola da Terra Fria

Há muito tempo, numa terra distante e fria, havia um vilarejo. Por ser muito fria, as pessoas precisavam constantemente de fogo para manterem-se aquecidas. Por um motivo desconhecido, esse vilarejo ficou por muito tempo impossibilitado de comunicar-se com o mundo externo e de coletar lenha. Nesse, contexto, passou a haver nesse vilarejo dois grupos de pessoas: as que tinham lenha (sendo eles a maioria) e os que tinham livros.

Durante algum tempo os que tinham lenha queimaram ela para aquecer a todos, e os que tinham livros preservavam-os. Estes últimos foram muito criticados por isso. Os outros diziam que eles também deveriam contribuir com o fogo, queimar os livros, portanto. Eles rebatiam dizendo que os livros tem o valor do conhecimento e não deviam ser queimados.

Após muita discussão eles decidiram por votação que todos deveriam contribuir com o fogo. Então, gradualmente os livros foram sendo queimados junto com a lenha. Eles queimavam rapidamente e não rendiam muito calor.

Em certo momento, houve um homem que só tinha um livro para alimentar o fogo, ele recusou de todo jeito jogar esse livro no fogo. Disse que esse livro falava de um conhecimento que poderia servir para salvá-los de morrer de frio. Os outros (em maioria) se mostraram incrédulos, pediram que o homem mostrasse como aquele livro poderia salvá-los. Ele disse que ainda não sabia ao certo, que o livro era complicado e ainda estava lendo-o. Por ele ainda não poder dizer como exatamente poderia aquele livro ajudá-los, a maioria dos outros decidiram tomar aquele livro e queimá-lo.

Muito tempo depois, a lenha  e os livros acabaram. O vilarejo mergulhou numa era de frio e todos morreram. No livro que aquele homem tentou proteger estavam os segredos da eletricidade, geradores e aplicações, teoria e técnicas básicas de construção. Com ele eles poderiam aprender a construir geradores e aquecedores elétricos. Como aquela terra era abundante em ventos e metais, aquele livro realmente poderia tê-los salvo.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Princípio como ferramenta de decisões éticas.

"Todo mal desnecessário é proíbido."

Princípio ético que uso na minha decisão de não consumir carne (e como ferramenta de decisão em outras coisas também). Ou seja, consumiria se fosse necessário para minha sobrevivência.

Esse princípio funciona como uma navalha (como a "navalha de Occam").

A ideia é que todo mal deve ser evitado, mas, se for desnecessário, é proibido. É uma proibição minha para mim mesmo. Afinal, se é um mal e se é desnecessário, por que fazê-lo?

Exemplo: 
Queimar um filhote de cachorro (como vi num vídeo). Aquilo foi ruim para o cachorro e desnecessário para os garotos que o fizeram.